Pestalozzi nasceu em 12 de Janeiro em Zurique, Suíça |
Pestalozzi, O
Educador suíço, nascido em Zurique em 1746, herdeiro de Rousseau, atingiu
aquilo que poderíamos chamar de cristianismo essencial, sem qualquer implicação
ritualista ou dogmática, mas com profundo compromisso existencial e ético - que
ele próprio realizou em sua vida totalmente dedicada à humanidade. Para ele, "o Cristianismo é pura moralidade, por
isso é coisa da individualidade de cada ser humano." Na
linha libertária, que estamos seguindo, apresenta-se a proposta cristã como
facilitadora da realização plena do ser, de forma auto construtiva.
Pestalozzi foi um
dos primeiros a proclamar a necessidade de uma ciência pedagógica, tendo
procurado durante toda a sua carreira incorporar a observação empírica à
teoria, sem
cair no extremo dos idealistas. Ele não embasou a pedagogia em especulações
filosóficas altamente elaboradas; ao invés, ele ficou sempre na realidade.
Teorizava a partir da prática e agia a partir da teoria, sem nunca escorregar
para um pensamento dogmático,
valorizando a razão, mas exaltando igualmente a subjetividade afetiva do
estudioso e do educador e a sua instrução espiritual.
Para Pestalozzi, o
estudo natural seria a instância dos instintos básicos da criatura. "O Homem nesse estado é filho puro do
instinto, que o conduz simples e inocentemente para todos os gozos dos
sentidos." Não há idealização deste
estado, nem julgamento negativo, mas apenas constatação de uma natureza básica,
presente no homem. Pestalozzi continua sendo O Grande Desconhecido dos
educadores atuais. No entanto, suas ideias e deu exemplo de vida são de
profunda importância para todos os educadores. Ele continua atual, pois seus
princípios revelam a verdadeira natureza da Educação e, como a verdade,
se mantem sempre.
Via o homem criado
por Deus que trazia em seu íntimo um conjunto de qualidade e poderes herdados
do Criador. A educação é o desenvolvimento natural desses poderes e
faculdades que todos possuem. Os estímulos do meio despertam o potencial
latente que já existe em forma de germe em cada ser humano. A inteligência, o
sentimento e a vontade constituem os elementos básicos de nosso potencial
interior.
"A intuição não é somente a percepção externa dos
sentidos. A intuição estende-se às experiências da consciência interna, aos
sentimentos e às emoções tanto quanto às sensações." A
Educação é, portanto, "o desenvolvimento
natural, progressivo e
harmonioso de todos os poderes e faculdades do ser."
“A melhor natureza da criança deve ser encorajada o mais cedo possível a combater a força prepotente do instinto animal” |
Ele colocava a
criança em contato direto com o ambiente natural, com a
natureza. O proposito era analisar os conhecimentos como se apresentava
naturalmente à atenção da criança, por um processo de observação ou impressão
dos sentidos. “É na própria natureza do
homem que cumpre procurar as leis de sua cultura...”
Em 1799, Pestalozzi em Stanz, abre um orfanato, dedicando-se de corpo e alma aos órfãos: “Antes de tudo, eu precisava conquistar a confiança e o amor das crianças. Tinha a certeza de que se o conseguisse, o resto viria por acréscimo natural...”
Pestalozzi e suas crianças! |
“Eu ficava sozinho com eles desde manhã até a noite. De
minhas mãos é que eles recebiam tudo que podia fazer bem ao seu corpo e à sua
alma. Minha mão segurava a sua mão, meus olhos repousavam em seus olhos. Minhas
lágrimas corriam com as suas e eu sorria para eles. Eu era o último a deitar e
o primeiro a levantar. Quando estava deitado, orava ainda com eles e lhes
ensinava até que adormecessem; eram eles que assim queriam.”
Sua vida foi um
exemplo fantástico de amor e devoção a educação, entre fracassos, sucessos e
uma persistência gloriosa em sua missão de educador.
Para saber mais:
·
Educação do Espírito
·
Introdução ao Estudo da Pedagogia
Espírita; de Walter Oliveira Alves
·
Pedagogia Espírita; de Dora Incontri
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